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Greve dos bancários completa uma semana
(Da redação) A greve nacional dos bancários completou ontem (5) uma semana de duração. A paralisação em todo o país foi motivada pelo descontentamento da categoria com os acordos salariais propostos nos últimos meses pelas instituições bancárias. Com uma semana de braços cruzados, os funcionários grevistas comemoram a adesão crescente da classe em torno da causa e a tendência observada em Rondônia segue o mesmo cenário que vem se desenvolvendo no País, onde a adesão de funcionários dos bancos privados é menor do que a dos estatais. A explicação para essa divisão é a estabilidade proporcionada pelos concursos públicos, que assegura por lei o emprego do funcionário mesmo em caso de greve. No primeiro dia de greve, o levantamento estatístico do Sindicato dos Bancários de Rondônia, foi de 43 agências fechadas em todo o Estado. Este número aumentou já no segundo dia, com 55 unidades fechadas completamente. Já no terceiro dia o número foi fechado em 60 agências bancárias lacradas e sem atendimento, o que representa um aumento de 60 para 80%. Esse número expressivo de agências de portas fechadas, em grande parte, se deve a grande participação dos bancários de Ji-Paraná, que conseguiram a mobilização de funcionários dos bancos públicos e privados instalados na cidade. TRANSTORNOS - Porém, a grande adesão tem causado dificuldades para a rotina da população, que tem tido problemas em conseguir o atendimento adequado dos bancos. Em uma fila de um caixa eletrônico da agência do Banco do Brasil no centro de Ji-Paraná, a vendedora Maria Aparecida de Assis, reclamou da greve e sua real utilidade. ?Essa paralisação só tem atingido a população. Se os bancários querem algo, deviam fazer algo que não atrapalhe a vida de quem não tem nada com isso?, desabafou a vendedora. O aposentado Marcos Alves Correa, diz entender a necessidade das greves, mas acha que para alguns setores, as greves deviam ser melhor regulamentadas. ?Eles estão no direito deles, mas eu acho que bancos, hospitais e polícia deveriam parar só uma parte, porque quem paga o preço é a população?, observou. EXIGÊNCIAS - Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado na última quarta-feira (29), após assembleias que rejeitaram a proposta da Fenaban (Federação dos Bancos), que oferecia reajuste de 4,29%. A pauta de reivindicações foi entregue à Fenaban no começo de agosto. A categoria pede aumento de 11%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche, pisos maiores, auxílio-educação para todos, segurança contra assaltos e sequestros e melhores condições de saúde...


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